9.12.07

Prefiro Camille


Uma das artistas que mais me impressionam é Camille Claudel. Pela história pessoal e pela obra. Foi discípula e amante de Rodin. Ele, "bem" casado e com filhos, procurava aventura onde ela encontrou amor, falsas promessas e um daqueles belos exemplares de macho devoto a todas. Grávida, foi convencida por ele a abortar. Abandonada, à posteriori, porque não seria um bom investimento para um homem que precisava de uma vida familiar e extra-conjugal estável (uma casa, reputação, comida e roupa passada, e nenhum burburinho por trás da cortina), e que nunca a deixaria por Camille. Em suma, a escultora enlouqueceu, foi internada e passou os útlimos 30 anos (sim, 30) da sua vida, sozinha num manicómio, último refúgio numa sociedade mesquinha, pouco solidária com as mulheres. Hoje em dia, talvez tivesse dado a volta por cima em três tempos.

Rodin era um dos meus artistas favoritos. Até ver as suas obras no Musée d'Orsay e saber que quase todas foram projectadas por si mas esculpidas por alunos (Claudel incluída).
Em Madrid, na Fundación Mapfre, em exposição obras de Camille Claudel.

1 comentário:

shark disse...

Gostei deste post.