20.12.07

Carta aberta ao homem que virá

Sou uma mulher e quero que entendas que a minha pele é frágil e macia, que lhe toques com veneração. Que me beijes o pescoço enquanto te tento fugir, mas pouco. Que percebas as diferenças que nos fazem fogo um no outro e não elementos opostos. Que vejas o que mais ninguém vê e um pouco do que só eu sei de mim. Que guardes os meus segredos, os poucos que partilhei contigo. Que respeites a inocência que recuperei, o passado que já esqueci. Que concluas que o prazer que me dou será sempre o teu principal rival.


1 comentário:

shark disse...

Espero que o prazer que me deste com este pedacinho de prosa rivalize com aquele que obtiveste a escrevê-lo.
Dá vontade de perguntar, mesmo à burgesso: também foi bom para ti?
:-)