17.2.08

Culto

Charlie Chaplin, Edna Purviance e Kitty Bradbury em "O Emigrante"

A nova colecção semanal do Público de sexta-feira tornou o meu fim-de-semana melhor.
Charlie Chaplin faz parte daquele rol de artistas cujas obras me fazem bem. Os pobres de espírito chamaram-lhe, um dia, sentimentalista. Sem batotas, Charlie Chaplin, como disse Cocteau, teria "ajudado a terminar construção da Torre de Babel" (o que todos os homens de bem desejam). Deixo-vos este excerto de um texto escrito por ele em 1931.


"Este pobre ser (o vagabundo), receoso, franzino e mal alimentado que represento no ecrãn nunca é, de facto, vítima daqueles que o atormentam. Eleva-se acima dos seus sofrimentos; vítima de circunstâncias infelizes recusa-se a aceitar a derrota. Quando as suas esperanças, os seus sonhos e as suas aspirações se desvanecem na futilidade e no nada, ele simplesmente encolhe os ombros e vira costas. (...) Toda a poesia que adquiri - e o sofrimento revelou-me a presunção das coisas terrestres - tento defini-la nas minhas comédias."



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