3.2.08

Êxtase & Prazer em amoR

Pormenor d'O Rapto de Proserpina, de Bernini.

O Êxtase de Santa Teresa, Capela Cornaro, Igreja de Santa Maria Della Vitoria, Roma. Escultura. Do mesmo autor.



Estive em Roma em Julho de 2006. A escolha da cidade como objectivo da viagem foi aleatória. Escolhida com dados. Lá encontrei a imagem da perfeição material, a Basílica de São Pedro. Para lá entrar, tapei os ombros. A mão sobre o ventre. Esqueci-me que existia vulgaridade sobre a Terra. E acho mesmo que ela deixou de existir na minha vida, para sempre. Ali ao lado do hotel, na pequena igreja de Santa Maria della Vitoria, encontrei O Êxtase do qual ouvia falar nas aulas. Tudo nesta vida é beleza. Existem outros nomes. Pouco me importa. Tenho em mim toda a fé que me pode dar a sensibilidade e o amor. Àquele êxtase descrito por Teresa, eu julgo conhecê-lo mas não me atrevo a avançar com certezas. Uma seta trespassada, um anjo que, sorrindo, lha retira com o ar de quem tudo sabe sobre o amor. E uma mulher desfalecida, recebe sobre si a divindade. Não vos é familiar?
Caminhamos muito. Teimosia de quem ama a arte. E, no fim do bosque, entramos num Palácio. Vimos, entre outras coisas, O Rapto de Proserpina. Ela foi condenada a estar com alguém que não a merecia, a quem ela não amava.
Bernini era um poeta da pedra. Vale a pena saber mais sobre ele, sem links.
A arte ensina-me que tudo é sagrado.

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