não basta um só amor
não sei como explicar
um sempre é demais

Esta letra da Adriana Calcanhotta-mos, de seu nome Três, faz-me pensar em algo que sempre me intrigou: será que quando se gosta ou ama alguém e essa pessoa não nos corresponde, o nosso sentimento é válido? Será que aquelas pessoas que dizem ter amado sempre a mesma pessoa apesar de ela ser um assassino, um infiel, um racista e além de tudo, nunca a ter amado e ter casado com outra mais feia, vive de facto um amor ou apenas uma ilusão alimentada por uma impossibilidade, por uma fantasia de como seria aquele homem ou mulher se lhe correspondesse? Recordo-me de um episódio dos Simpsons em que alguém coloca a questão: se uma árvore cair numa floresta deserta em muitos e muitos quilómetros, será que essa queda provoca algum tipo de ruído, sendo que não está lá ninguém para a ouvir?