21.8.08

Pensei que estavas totalmente com ela e que, depois de toda a transparência que não encomendaste, a porta fechada significasse respeito entre todos. Que tivesse sido de vez, que te protegesses depois de eu saber que. Até porque, como sabes, os nossos assuntos em comum estão devidamente compartimentados em gavetas e não existiam, na minha mente, esconderijos. Mas, subitamente, sem que eu precisasse, mas não sem que eu pressentisse, voltaste a falar. Voltaste a querer saber o que penso eu de assuntos triviais. Terás tu com quem falar das coisas que realmente gostas? Porque te interessa a minha opinião, porque queres que faça parte de um cenário em que me sinto um anacronismo? Porque me pões agora na mesma posição em que estavas no passado?
Certamente que eu, se estivesse a viver uma grande paixão, não teria espaço para ti desta maneira.
Mas isso, já sabemos, sou eu.

1 comentário:

fina estampa disse...

eu não sei o que dizer aqui mas li e fiquei a pensar nisto