Na esplanada de um jardim:
Ela:
está com as amigas.
Ele:
aproxima-se, conhece uma delas. Não é extrovertido, fica ali, no meio termo. Fala quando vê alguém que conhece.
Ela:
gostou do facto de ele não se ter rido muito, de não ter ficado demasiado à-vontade. Sorriu, apenas.
A conversa prossegue. Sobre uma criança que queria esganar um dos gansos do lago. Ganso, não, cisne. Riram todos.
Ele:
Sentou-se.
Ela:
Fuma um cigarro, enquanto conversa.
- Dás-me um cigarro? - pergunta ele.
- Eu não fumo... - responde ela. E foi sincera.
Uma atracção súbita, funda, daquelas que se escondem nos olhares postos no chão, que não se podem enfrentar.
- Toma lá um cigarro. - outra. A resposta veio de outra pessoa.
- Obrigado. - ele, sério, quase grave. "Queria tanto olhar para ti."
O cigarro, esse, queria recebê-lo das mãos dela, dedos elegantes, unhas assim de mulher.
3.8.07
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