19.2.09

Viagens que são regressos







































Ao que parece, agora, nada consigo fazer sem uma enorme sensação de existir um centro gravitacional que para lá me puxa, esteja eu onde estiver. Ok, Madrid não é nada longe, mas também não é perto. Não me senti perto mas senti que comando a minha vida. Isso sim. Por isso regressei hoje. Mesmo havendo quem te ame e tome conta de ti como da pérola que és. A tua voz ao telefone fez saltar umas lágrimas que eu não conhecia e agradeço-te por a cada dia me assegurares vida dentro de mim.
A mim, agradeço muitas coisas também, que não me encerro na maternidade de há dois anos. Agradeço-me o sabor da liberdade e o saber estar sozinha, sem muletas. Apoio-me em quem por inerência o faz, mas não me inclino nem me encosto a um ombro por me faltarem coisas por dentro. E dou por mim com meiguices comigo mesma. Meiguices não são compras nem masturbação. Meiguices destas são carícias que nos faz a alma ao coração, não as podemos olhar, mal as conseguimos descrever, mas moldam-nos, fazem-nos ver-nos ao espelho sem medos nem ângulos perfeitos e enganadores.
Tudo o resto, que se quilhe.
.

1 comentário:

s. disse...

também gostaria de ter uma livraria com esse nome ( :