Ao que parece, agora, nada consigo fazer sem uma enorme sensação de existir um centro gravitacional que para lá me puxa, esteja eu onde estiver. Ok, Madrid não é nada longe, mas também não é perto. Não me senti perto mas senti que comando a minha vida. Isso sim. Por isso regressei hoje. Mesmo havendo quem te ame e tome conta de ti como da pérola que és. A tua voz ao telefone fez saltar umas lágrimas que eu não conhecia e agradeço-te por a cada dia me assegurares vida dentro de mim.
A mim, agradeço muitas coisas também, que não me encerro na maternidade de há dois anos. Agradeço-me o sabor da liberdade e o saber estar sozinha, sem muletas. Apoio-me em quem por inerência o faz, mas não me inclino nem me encosto a um ombro por me faltarem coisas por dentro. E dou por mim com meiguices comigo mesma. Meiguices não são compras nem masturbação. Meiguices destas são carícias que nos faz a alma ao coração, não as podemos olhar, mal as conseguimos descrever, mas moldam-nos, fazem-nos ver-nos ao espelho sem medos nem ângulos perfeitos e enganadores.
Tudo o resto, que se quilhe.
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1 comentário:
também gostaria de ter uma livraria com esse nome ( :
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