Décima quarta ficção - A verdade em minúsculas abreviadas

- eu acho que há coisas q não se resolvem. e há os casais q ainda assim conseguem encontrar novos motivos para ficarem juntos. a cena de limpar o q está para trás é uma treta mt grande. uma fantasia. eu nunca vou apagar coisas q correram mal e vou sempre lembrar-me. cheguei a um ponto em q recebia cartas terríveis e o H. desprezava-me e eu deitava-me no chão a gritar pq não havia nada q eu fizesse q melhorasse as coisas e então eu gritava no vazio porque não aguentava a recusa.
- quando sentimos que não há retorno
- um dia disse à minha mãe: "mas ele é um grande amor" e ela disse brutalmente "é mas acabou!". e é óbvio q isso não é assim tão simples mas tinha de ser encarado na altura. só c o afastamento se consegue ter a certeza se a pessoa é um hábito ou um amor. um dia, mais atrás na história, eu tinha deixado de dar pq não recebia nada. e devia ter dado sempre até ficar esgotada. mas o q fiz foi pedir até ficar esgotada. enfim. se voltar a sentir um impulso para dar a alguém, vou dar. eu dou ao P.. mesmo o q não tenho. eu vivo como se o amasse e sei q não amo. mas não é uma mentira, é uma vontade de sentir. ambos sabemos, nenhum dos dois diz "amo-te", nenhum dos dois mente. limitamo-nos a viver.

- obrigada pelos teus conselhos, a sério
- não são conselhos, é a verdade, não digo para te consolar ou guiar ou seja o q for. digo pq é a verdade.

- obrigada por tudo

- obrigada por tudo tb